Lendo o material da disciplina Educação Inclusiva, lembrei desse filme e resolvi deixar aqui no blog como sugestão.
Vou também deixar minha resenha que pode ser compartilhada!
O filme "Temple Grandin" conta a história fascinante de uma jovem autista, sua trajetória de vida e profissional reconhecida por desenvolver técnicas de manejo e abate de gado.
É comovente como o tema autismo é tratado no filme, é surpreendente para a época, ver sua mãe dedicar todo a a vida ao desenvolvimento de Mary Temple Grandin, preparando-a para o convívio social.
Mary Temple Grandin tem em sua história familiares presentes que aprendem a lidar com as limitações que um autista pode ter, e encontra incentivo também para estudar. A figura do professor torna-se fundamental para que ela chegue a graduação.
O tema autismo é abordado no filme de forma bem clara, mas para que tenhamos maiores esclarecimentos segui: "O autismo se caracteriza pela presença de um desenvolvimento acentuado atípico na interação social e comunicação, assim como pelo repertório marcadamente restrito de atividades e interesses. Estas características podem levar a um isolamento contínuo da criança e sua família (Camargo, S.P.H e Bosa, C.A. "Competência social, inclusão escolar e autismo: revisão crítica da literatura).
O filme mostra claramente que esta visão pode ser contestada, e que a inclusão escolar pode proporcionar ao autista, a oportunidade de convivência que desenvolvam suas competências sociais.
A trajetória de vida de Mary Temple Grandin confirma dos diversos estudos que identificam a importância da interação com pares para o desenvolvimento da criança e de sua competência social (Almeida, 1997; Hartup, 1996). Mary Temple Grandin tem a oportunidade de conviver com outras pessoas, o que garante possibilidades de interação.
Durante o tempo que permanece na fazenda, descobre seu interesse pelo gado, e a partir desse momento, dedica-se à seus estudos.
É importante citar sua inteligência incrível, e percepção aguçada para o que está ao seu redor. E também, a dificuldade que tem com as demostrações de carinho e afeto. O toque para ela é uma grande dificuldade, o que a faz criar uma "máquina do abraço". Essa na minha opinião é a melhor parte o filme, porque nos faz compreender que experiências comuns para nós, podem ser perturbadoras para o autista, e que para controlar os sentimentos negativos é preciso encontrar o que o fará sentir seguros.
O mundo real para os autista, é cheio de preconceitos e essa etapa também é relatada no filme. Seus colegas de faculdade implicam com seu comportamento, seu mode de vestir e a sua estranha máquina. Mas, a amizade se dá com sua nova colega de quarto, deficiente visual. É, mais um momento em que a história confirma a capacidade de superação de deficiências.
Acredito que essa história pode orientar pais e educadores em sua atuação como responsáveis no desenvolvimento cognitivo e social do autista. O tema requer muito estudo e é fundamental para uma prática pedagógica eficiente que proporcione a interação social de todos os indivíduos.
Obs.: Não encontro mais o link do filme no Youtube, mas é possível assistir no link abaixo.